Ricardo Gouveia (Rigo 23) nasceu e cresceu no Funchal, tendo-se estabelecido em São Francisco, nos Estados Unidos, onde se formou em 1991 no Instituto de Arte de São Francisco, como Bachelor of Fine Arts, obtendo o grau de Master of Fine Arts pela Universidade de Stanford em 1997. Desenvolveu a carreira artística naquela cidade, onde existe um grande número de murais da sua autoria. A sua obra estende-se da banda desenhada à pintura, trabalhando sobretudo no âmbito da arte pública, produzindo pinturas e intervenções murais em espaço urbano. Algumas dessas intervenções, como One Tree, em 1995, na baixa de São Francisco, realizaram-se em conexão com a comunidade hispânica, com clara intenção política.
Entre 1984 e 2002, Rigo usou os últimos dois dígitos do ano corrente como parte do nome, usando "23" a partir de 2003”. Em 1994, na Galeria Porta 33, no Funchal, apresentou a exposição "Largo do Canto do Muro", na qual cobriu o chão com calçada portuguesa.
O contacto com Taiwan, em 1997, provocou um choque cultural que originou uma nova série de trabalhos. As suas obras são centradas na utilização de materiais variados e diversas técnicas de artes plásticas na criação de autênticas peças complexas, em espaços amplos ou fechados, compreendendo pinturas, murais, esculturas, pequenos artefactos e grandes esculturas. É também o artista que faz a montagem das suas exposições.
Tem uma obra reconhecida nacional e internacionalmente, como uma estátua Victory Salut, em S. José, Estados Unidos inspirada nos Jogos Olímpicos de 1968 e vários trabalhos em Portugal e na Madeira, nomeadamente murais no Funchal, Câmara de Lobos, Ribeira Seca e no Aeroporto da Madeira. Rigo é membro fundador do projeto coletivo Clarion Alley Mural Project, do qual ainda era membro ativo em 2006. Também leciona ocasionalmente no San Francisco Art Institute. Projetou também um grande número de instalações como parte da Bienal de Liverpool de 2006. É considerado por alguns críticos de arte e criadores como fazendo parte da primeira geração do movimento artístico de San Francisco Mission School.
O conjunto da sua obra foi apresentado pela primeira vez em Portugal em 2006, no Centro das Artes – Casa das Mudas na Calheta, numa exposição retrospetiva comissariada por Manray Hsu. Em outubro de 2013, apresentou na Trienal de Artes de Aichi, no Japão, um mural em três paredes contíguas de um prédio no bairro Choja-Machi, em Nagoya e em janeiro de 2014, apresentou a exposição ‘Lua, São Francisco, Portalegre, Lisboa, Cochim, Chiapas’ na Galeria Quadrado Azul, em Lisboa, com trabalhos resultantes de atividades ou de influências daquelas paragens. Acaba por ser uma viagem artística pelo mundo.
A estratégia de atuação do CCIF, relativamente às artes, contempla a apresentação ao público madeirense de obras de grande qualidade, de artistas conceituados ou de correntes artísticas nacionais e internacionais, pouco divulgadas na Madeira, aferida por críticas especializadas e pela atenção do público em geral. É o caso de Rigo, pelo que faz todo o sentido mostrar a obra do mais internacional dos artistas madeirenses vivo.
A AAMQC junte-se a este propósito e convida os seus associados a esta visita que contará com a presença de Natxo Checo, curador da Galeria Zé dos Bois em Lisboa, e do artista Rigo, onde irão falar sobre a exposição e outros temas relevantes ao seu trabalho.
É uma oportunidade excecional de termos a mediação do curador e do artista num tipo de arte onde a mediação é tão importante
descrição da exposicão Curriculo do Rigo video de apresentação na televisao audio de apresentação do Rigo nesta visita video da visita