No dia 24 de junho, sábado, pelas 10:30 fizemos uma visita guiada á Quinta Magnólia – Centro Cultural onde nos firam mostradas as duas exposições lá residentes.
A exposição “A Prata da Casa – Histórias por contar”, com curadoria da Dr.ª Teresa Klut. É uma exposição em parceria com o Museu de Fotografia da Madeira Atelier Vicente’s, que propõe um diálogo com obras dos artistas que já fizeram parte das exposições temporárias da Quinta Magnólia – Centro Cultural, desde a sua abertura em 2019. Estas obras que fazem parte do espólio do Centro Cultural são confrontadas com fotografias a preto e branco de outras épocas, de diferentes fotógrafos, tais como: João Francisco Camacho, Joaquim Augusto de Sousa, Renné Masset, Russel Manners Gordon, e outras pertencentes aos Perestrellos Photographos, Photographia Vicentes e Foto Figueiras, com incidência na temática do retrato, individual e de grupo. O confronto ainda é mais inusitado se acrescentarmos à fotografia diversos efeitos fruto da experimentação, do acaso ou ainda de alterações provocadas pela passagem do tempo. Fazem parte desta exposição os seguintes artistas: Carla Cabral, César Figueiredo, Guilherme Parente, Luís Almeida, Martim Velosa, Pedro Clode, Ricardo Veloza, Rigo 23, Rodrigo Canhão, Run Jiang, Sarah Frances Dias e Teresa Arega.
A exposição “Forrado”, dos artistas Ana Vidigal e Hugo Brazão é uma exposição que se serve do léxico local para se debruçar sobre a singularidade madeirense.
“Ana Vidigal e Hugo Brazão são artistas radicalmente diferentes. Objetivamente, a sua prática e forma de projetar a Arte, trabalhar o Tempo e desenhar o Espaço não podia ser mais distinta. E, no entanto, uma certa boa vizinhança e um trabalho desenvolvido especificamente para este contexto insular une-os. Como em muitos diálogos artísticos, a riqueza não está tanto na semelhança e na proximidade, mas na diversidade de narrações, nos modos de abordar um mesmo fenómeno, na distância e afastamentos que se sucedem”. (…) “Se em Vidigal temos uma prática que vai da pintura ao arquivo, numa estética e temporalidade que tanto goza do urbano como do documental, sem esquecer o diálogo franco com a cultura local, em Brazão existe a celebração da cor e da expressão, do desenho e do campo alargado da pintura, num olhar atento à paisagem emocional e respetivo fundamento”.
O duplo significado do título da exposição encontra sentido na prática artística de ambos, e na forma como costumam operar, quer seja pela utilização de tecidos, forrando objetos ou utilizando colagens.